quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Tartarugas

Resenha: A Última Música, de Nicholas Sparks

"Às vezes é preciso se afastar das pessoas que você ama, mas isso não quer dizer que você os ama menos, às vezes, você os ama ainda mais…"

Preciso dizer que nunca fui muito fã de Nickolas Sparks, e eu só resolvi ler A Última Música porque ele estava à venda no aeroporto, quando precisei ficar esperando por meu avião do meio-dia à meia-noite.
Eu já havia lido outros livros de Nickolas, como Querido John, Diário De Uma Paixão e P.S: Eu Te Amo (diz a lenda que os filmes são melhores, mas nunca os procurei); o fato é que, até aí, eu não vi mudanças entre as estórias, e este era - e continua sendo - um resumo que, para mim, vale para todos estes três: a) mocinhas de cidades pequenas; b) verão; c) praias; d) bad-boy; e) morte; 
Com A Última Música foi diferente.

Eu já havia assistido o filme (gostei muito dele, por sinal) portanto, já sabia, basicamente, o que me esperava. A base da estória, infelizmente, é muitíssimo parecida com a das outras. Ronnie é uma garota de aproximadamente 17 anos, que viaja para a casa do pai com o irmão mais novo. Há uma série de detalhes como:
Ronnie não toca mais piano, pois seu pai é um compositor e a abandonou com a mãe para ir à própria turnê - ela o odeia agora.
Apesar de parecer durona, Ronnie tem, sim, um lado sensível.
Ronnie adora tartarugas.
O pai de Ronnie se arrepende muito por tê-la abandonado, mas isso é algo que a garota nunca perdoou.
Então, quando chega na casa do pai, que é um homem incrível, ela está sendo uma completa estúpida com ele. Certo dia, ela o faz parar de tocar piano, pois não suporta o som do instrumento, e o pai constrói uma parede, para que a filha não precise vê-lo (este não é um pai muito paciente?).
Ronnie passa várias noites dormindo na praia, atrás da casa onde vive agora, para proteger um ninho de tartarugas, que pode ser, a qualquer momento, destruído por guaxinins. Ela conhece um garoto rico, também, chamado Will, e faz amizades (o que foi algo que ela não esperava, já que pensava que, fora de NY, não existiam pessoas legais).
A partir do momento em que Will entra na vida de Ronnie, ela se transforma completamente.

Eu confesso ter pensado coisas muito ruins sobre Ronnie no início do livro, mas, no decorrer da estória, o que descobri foi que ela é, na verdade, uma garota muito legal. O livro foi o que mais me tocou, não por seu romance, e muito menos pela sua estória quase-idêntica às outras de Nickolas, mas pela lição que me ensinou. O que eu aprendi com ele foi que, enquanto você gasta seu tempo sendo rude com as pessoas, apenas para tornar-se o que elas pensam que você é, você perde o melhor dos outros, de seus pensamentos, sentimentos, e, acima de tudo, de sua real personalidade.

Eu não acho que A Última Música foi algo revolucionário, mas o que eu vi nas entrelinhas, é algo que me ajuda e acompanha até hoje, mesmo depois de muito tempo. Eu li outras resenhas sobre este livro, e a maioria das pessoas pensou diferente, ("é só mais um na estante de livros"), na minha opinião, quando um livro se torna apenas mais um, você não soube lê-lo da forma correta. Não sei se foi a intenção de Sparks adicionar certas lições, como esta, mas foi algo que eu consegui enxergar.
O filme também é muito bonito e, embora eu ainda prefira o livro, acho que é algo que vale à pena ser assistido.
Destaque para sua capa lindíssima, e para a qualidade de seu papel, que é um dos melhores presentes em minha estante.

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