segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Pequenas Mentiras

Resenha: Quase Verdade, de Jennifer Kaufman e Karen Mack

"Eu me sinto infinita e eterna, como se pudesse parar em qualquer ponto e fazer milagres."

Eu nunca me senti encantada com livros de reflexão antes de Quase Verdade, eles nunca chamaram, realmente, a minha atenção. Quase Verdade me fez ter pensamentos e devaneios que eu nunca teria tido, e alguns deles me levaram a algum lugar, de verdade! Eu leio livros um pouquinho mais "filosóficos" desde então, porque, de alguma forma, aprendi como desvendá-los e enxergá-los da forma correta.

Quase Verdade conta um pouco sobre Cassie, que tem 30 anos de idade e ficou viúva recentemente. Apesar da morte do marido, Cassie não se sente culpada (seu marido era um estúpido, eu juro), e passa a morar com a mãe. Mas Cassie precisa de um emprego - emprego que não conseguirá, por seu baixo desempenho na escola - e resolve acrescentar pequenas mentirinhas a seu currículo.
Eu já citei meu amor por personagens inocentes e ingênuos, que não fazem ideia de o quão brilhantes podem ser. Este é o caso de Cassie. Cassie é uma mulher muitíssimo inteligente, que encontra sua paz na floresta, em meio aos pássaros e outros animais. Ela é tão bondosa que isso chega a ser um crime e, quando exposta aos riscos de seu novo ambiente de trabalho, precisa, de alguma forma, reaprender a conviver com adultos cruéis e mesquinhos.

Cassie tem diversas reflexões sobre quem ela é de verdade quando começa a tentar igualar-se a suas colegas de trabalho (que ela considera, de alguma forma, mais bonitas, ou inteligentes, ou melhores), mas, no fim das contas, o que ela descobre (com a ajuda de um professor incrível e lindíssimo) é que nunca será uma delas porque cada um tem qualidades e defeitos que o levam a tornar-se uma pessoa única e especial de sua forma. Ela vê, finalmente, que também é bonita, inteligente, e perfeita.
Cassie é minha personagem preferida durante toda a estória, por sua sensibilidade amável. Eu gostaria muito de aprender sobre pássaros com ela.

Eu tive certas dúvidas sobre a estória, em si - já que a mesma é bastante previsível - até ver o que o livro tinha o propósito de mostrar a seus leitores, realmente.
Quase Verdade é algo que fala de coisas profundas sem ser necessariamente um fosso de chatisse e filosofia. Ele conta uma estória que, se bem interpretada, traz à tona intimidades muito difíceis de serem ditas.
Eu geralmente me sinto confusa com os finais dos livros; com a maioria deles, pelo menos... Mas este me mostrou algo claro e real, que me serviu para muitas coisas.

Se você escolher ler Quase Verdade, não o julgue por seu enredo. Leia-o de uma forma tranquila, e você verá o que o livro quer dizer realmente. Eu o recomendo muitíssimo, principalmente se você gosta de assuntos inteligentes quando não tratados de uma forma poética, dramática ou romântica demais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário