terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

2013: Os Melhores do Ano!

Clique no título para ler uma resenha.

Livros:

Jogos Vorazes, de Suzanne Colins
Coraline, de Neil Gaiman
As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky
A Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin
O Pequeno Príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry
O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett
Em Chamas, de Suzanne Colins
O Sr. Pip, de Lloyd Jones
A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak
Peter Pan e Wendy, de J. M. Barrie
A Bússola de Ouro, de Philip Pullman
O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder
Através do Espelho, de Jostein Gaarder
O Mágico de Oz, de L. Frank Baum
A Marca de Uma Lágrima, de Pedro Bandeira

Filmes:

Frankenweenie, de Tim Burton
As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky
A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese
Agora e Para Sempre, de Ol Parker
Oz: Mágico e Poderoso, de Sam Raimi
Em Chamas, de Francis Lawrence
O Contador de Histórias, de Luiz Villaça

Séries:

Skins UK, 1ª e 2ª Temporadas

sábado, 28 de dezembro de 2013

Então Eu Contei a Ela...

Resenha: O Contador de Histórias, de Luiz Villaça

"Então eu fiz a única coisa que podia fazer: chorei. Mas com o tempo, descobri que nem chorar eu podia."

Estava quase aborrecida por este ano chegar ao fim sem nenhum novo filme favorito para adicionar à minha lista, porém, SURPRESA! Encontrei este! E ele já estava em meu computador há dias, imaginem, esperando para ser assistido. 
Minhas primeiras experiências com filmes brasileiros nunca foram muito legais, e talvez por isso eu os tenha desviado por tanto tempo. Quanta bobagem, não é? As pessoas nunca são quem achamos que elas são na superfície, então por que os filmes seriam? Prometi procurar por mais destes no ano que está por vir.

O Contador de Histórias é baseado em fatos reais, e narra a trajetória Roberto Carlos Ramos (um dos dez melhores contadores de histórias do mundo!). A época retratada são os anos 70, e tudo ocorre em Belo Horizonte, onde Roberto vivia com sua mãe e nove irmãos. A vida da família começou, porém, a declinar, e a mãe viu-se obrigada a colocar Roberto numa instituição chamada FEBEM, que prometia, por meio de comerciais de televisão, tornar as crianças grandes doutores. Lá, no fim das contas, as coisas não eram tão agradáveis, e o menino usou a criatividade para atingir objetivos particulares.
Com o tempo, Roberto cresceu, e com ele a curiosidade sobre o mundo lá fora. Com outras crianças, ele foge e é capturado diversas vezes. O que ele encontra lá fora não é muito bom, mas é preferível (em sua mente) aos castigos morais e físicos sofridos. Roberto era classificado como um adolescente irrecuperável, mas sua vida muda quando Margherit surje. A pedagoga francesa desperta no garoto coisas que ainda não haviam sido descobertas, e mostra a ele algo sobre o qual a existência ainda era duvidosa: o amor fraternal.

Bem no início do filme, achei que tudo fosse uma tristeza sem fim. Não consigo, ainda, pensar que tal coisa é baseada em fatos reais, e quando penso que a realidade ainda pode ter sido pior sinto um enjoo gigantesco, que seria capaz de me fazer vomitar. Graças a Deus as coisas para Roberto melhoraram, mas e todas as outras crianças na rua?... Isso é horrível de se pensar, mas, ao mesmo tempo, nos retira do torpor do alienamento. Nos move para algo.
Minha personagem favorita é Margherit. Oh, se todas as pessoas fossem como Margherit! O mundo seria algo encantado. Deveríamos, nós mesmos, sermos iguais à Margherit. Ajudar as pessoas, uma de cada vez (e ter mais paciência com elas).

Recomendo este filme muito, e a todos! É tão bonito quando esses pontos de esperança surgem em lugares improváveis, e sei que todas as pessoas no mundo devem gostar disso também, inclusive você, se estiver lendo isso. Então, se quiser conversar depois de ver, lembre-se de que estarei aqui, logo a baixo! Até logo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Resenha: Um Conto de Natal, de Charles Dickens

"Scrooge era bastante inteligente para compreender que nada de bom se passa em nosso planeta que não comece por provocar a hilaridade de certas pessoas."

Uau! Vocês estão conseguindo acreditar e processar a ideia de que já é natal? Alguém, como eu, está cogitando a ideia de construir uma máquina do tempo e voltar para o passado só para viver tudo de novo? Encontrei este livro em um de meus blogs favoritos, e me surpreendi com o fato de que desconhecia a origem da estória que inspirou tantos filmes e desenhos animados.

Aposto que você ainda não está reconhecendo este título, mas Um Conto de Natal conta sobre um velho rabugento chamado Scrooge, que glorifica o trabalho e fica tão obcecado por dinheiro que não gasta o que tem, e está sempre em busca de receber mais. Na noite da véspera de natal, porém, Scrooge recebe a visita um tanto quanto inusitada do sócio falecido há sete anos, que por sua vez anuncia a chegada de três outros espíritos, respectivamente: o espírito do natal passado, o espírito do natal presente e o espírito do natal futuro. Durante esta trajetória o personagem principal vivencia diferentes momentos da própria vida e até mesmo da vida alheia, surpreendendo a si mesmo e recuperando o real sentido do espírito natalino.

No início, senti um ódio descomunal por Scrooge! Não engulo em momento algum pessoas que são assim com outras, e que, ao invés de aproveitarem o pouco que temos de amor entre todos os semelhantes na terra, se preocupam com o tempo que passamos guerreando, odiando, gritando, ignorando completamente o pouco de paz que ainda nos resta. 
Mas então, ocorreu uma das coisas que eu mais amo e aprecio nos livros: A MUDANÇA COMPLETA DO PERSONAGEM! (Desculpem por usar letras maiúsculas, mas a intenção era realmente gritar, de tanta felicidade!). Scrooge se transforma e nós também, junto com ele.

Sobre as adaptações feitas sobre o conto, são tantas que nem pude lembrar. As únicas mais nítidas para mim são um filme da Barbie e uma curta do pato Donald. A adaptação oficial, por assim dizer, chama-se Os Fantasmas de Scrooge: uma animação incrível que conta com a participação de Jim Carrey. 
Inclusive, o filme vai ser exibido na TV aberta na noite da véspera de natal! 

É meu primeiro natal por aqui, então eu só gostaria de dizer que eu quero que todos vocês tenham um natal mágico, e desejo que cada um ganhe muitos e muitos livros de presente! FELIZ NATAL! ♥

domingo, 22 de dezembro de 2013

Defina o Amor

Parceria: Defina o Amor

Na última semana conheci um novo amigo muito especial! Ele se chama Lucas, e me disse coisas que ninguém nunca havia dito. Lucas tem um blog, e resolvemos ser parceiros agora! Estou muito feliz por ter um segundo parceiro.

O (lindo) blog do Lucas se chama Defina o Amor. Estou, até agora, apaixonada por seu layout. Os textos falam sobre o amor e seus inúmeros significados, e como são lindos e sensíveis para mim, aposto que serão para você também. 

Estou aberta a novas parcerias! Visite a aba 'contato' para mais informações. Sempre estarei disposta a conversar!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

E o Que é Bom em Breve Será Belo

Resenha: Extraordinário, de R. J. Palacio

"Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo."

Extraordinário é um dos livros que mais se destacaram nos últimos meses deste ano, e estou muito feliz que finalmente consegui lê-lo, e que o achei tão bonito!

Extraordinário é mais um destes livros que só contam como as coisas acontecem o tempo todo e mostra a evolução dos personagens ao decorrer das páginas - a maioria de minhas coisas favoritas (filmes, livros e séries) seguem este padrão, o que é maravilhoso, porque eu tinha uma grande tendência a gostar desta obra desde o início! 
August (ou Auggie) é nosso personagem principal. Ele possui um tipo raro de má formação nos ossos do crânio e da face, o que o faz parecer um pouco diferente quando próximo às outras crianças. Auggie sempre estudou em casa, mas foi encorajado pelos pais a entrar em uma escola de verdade, com colegas de verdade e professores de verdade. Nesta nova escola, o garoto presencia todo o tipo de evento, sente coisas que ainda não havia sentido e faz amigos que nunca havia conhecido.

Uma das minhas coisas preferidas no livro é, além dos preceitos do professor de Inglês, o fato de que cada personagem possui um espaço para narrar seu ponto de vista. August, Via, Miranda, Jack, Summer... Quase todos eles. 
Destes personagens, o meu favorito foi a Summer (amiga de Auggie). Primeiro porque o nome Summer me trás lembranças de uma mulher forte, destemida e independente, e segundo porque ela parece muito diferente de todas as outras crianças: mais criativa, esperta e todas estas coisas. Via (irmã de August) também possui um ponto de vista interessante, e gostei bastante dela e da posição por ela ocupada.
Não posso esquecer de citar Julian... Julian me lembrou vários colegas do ensino fundamental. Será que todas as crianças precisam passar por essas coisas? Sofrer na mão de riquinhos que não tem nada a mais para fazer, a não ser ostentar seus objetos de valor, porque não tem nenhum tracinho de bondade e inocência? Isso me enoja. 

O livro mostra, principalmente, a evolução de Auggie. Eu achei que isso foi tão lindo, porque ele não se tornou o alguém ruim que poderia ter se tornado. Gostei muito de acompanhá-lo nisso, e foi uma viagem de volta ao ensino fundamental, quando nossos maiores problemas eram os Julians (e, no meu caso, o Lorde Voldemort!)... Apesar do sucesso, porém, não achei Extraordinário extraordinário, se é que me entendem... Foi como com A Culpa é das Estrelas, sabem como é? Quando suas expectativas estão muito altas?... 
Apesar disso, recomendo-o sim! Só recomendo, junto com o livro, que não esperem tanto assim, para não acabarem decepcionados, certo? Contem-me o que acharam quando terminarem! Até mais ver!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Senhorita Ilusão

Resenha: A Marca de uma Lágrima, de Pedro Bandeira

"Tanto se perde no caminho do coração ao cérebro, do cérebro à boca, da boca à mão e da mão para o papel..."

Não é maravilhoso como todos os meus últimos posts falam de minhas coisas favoritas? E este também fala de uma nova coisa favorita! Um novo livro favorito! 

A Marca de uma Lágrima conta a estória de Isabel, que apaixonou-se pelo primo Cristiano desde a primeira vez em que o viu. O que ocorre, porém, é que Cristiano gosta de sua melhor amiga, Rosana. Com o coração nas mãos, Isabel passa a escrever cartas com poemas para que Rosana entregue ao seu amado, como se as mesmas não fossem de sua autoria, mas testemunhassem o amor entre a rival e o primo. Cada vez mais Isabel afunda na dor daquele amor não correspondido, lutando contra a dor, um crime misterioso e seu pior inimigo: ela mesma.
Isabel é uma personagem extremamente bem construída. Digo isso porque não foram necessárias descrições que dissessem que ela era inteligente, ou que ela gostava de escrever, ou que ela precisava de ajuda com relação aos seus próprios sentimentos. Isso é algo que pude encontrar sozinha, através dos poemas e dos pensamentos, que é, em minha opinião, a coisa mais maravilhosa que pode ocorrer num livro.

Assim como Isabel, também sofro com este Inimigo que nos observa do outro lado do espelho. Ele diz coisas tão ruins, e o pior nisso é que nós duas acreditamos firmemente que tudo é verdade. Felizmente, temos nossos Fernandos, que nos fazer acreditar por um minuto que somos alguém importante. Há, também (e isso não é mais feliz, é triste) nossos Cristianos que, de certa forma, tornam-se inimigos poderosos.
É tão bom e estranho se identificar tanto com algo que foi criado por alguém que você não conhece pessoalmente...

O livro aborda de uma maneira leve e pesada, dolorosa e doce, triste e feliz, o amor. O amar alguém tão fortemente. Trata de insegurança, medo, perda e poemas. E os poemas... Ah, os poemas... 
Espero que vocês o leiam e encontrem nele tanto quanto eu encontrei de mim mesma. Só lembrem-se: Sempre quero conversar!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Te Vejo Nos Meus Sonhos

Resenha: O Mágico de Oz, de L. Frank Baum

"Agora eu sei que tenho um coração, pois ele está doendo."

Nesta semana, quando passeava (novamente) por entre as estantes da biblioteca da escola - coisa que andei fazendo muito nos últimos tempos - encontrei este livro tão bonito! O Mágico de Oz é uma das minhas estórias favoritas porque, quando eu era criança, tinha um áudio-book que a contava. Eu o ouvia muito, e até hoje lembro da maior parte das falas. 

O Mágico de Oz conta a triste/feliz estória de Dorothy, que vive no Kansas e é levada por um furacão com seu cãozinho Totó. Quando sua casinha finalmente cai, a menina se vê em um local realmente estranho. Logo alguns moradores aparecem para ajudá-la, e recomendam que siga uma estradinha de tijolos amarelos que a levará até o poderoso Oz. No caminho, Dorothy faz três amigos que também tem desejos: Um homem de lata que quer um coração, um espantalho que quer um cérebro e um leão que quer coragem.

Meu personagem favorito é o Lenhador. Ele é o mais bondoso e adorável de todos para mim. Na verdade, se observarmos direito, todos são adoráveis, pois pensam que não são bons o suficiente e, desta forma, fazem tudo para serem pessoas melhores. Nunca desistem de si mesmos. São personagens tão bonitinhos.
Agora... Sei que diz "resenha" no título, mas o fato é que eu nunca conseguiria dizer o que mais gosto e o que menos gosto, porque tais coisas não existem. Eu gosto muito de tudo, e não deixo de gostar de nada. Procuro não colocar aqui os livros que tem um valor emocional para mim, mas preciso recomendá-lo! 

O Mágico de Oz é um daqueles livros que são tratados como obras escritas para crianças, mas na verdade, se pararmos para observar, veremos muito mais. Veremos que somos o que acreditamos que somos. Somos espertos ou bobos, corajosos ou medrosos, amorosos ou frios. Mas só nós mesmos podemos controlar tais coisas. Espero que lembrem-se disso sempre que alguém disser que você não tem chances, ou que não é bom o suficiente. Pois todos somos mais. Muito mais!

(Vale à pena dar uma olhada no filme Oz: O Mágico e Poderoso, que conta a estória do suposto-mago Oz! É maravilhoso!)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Toda a Revolução...

Resenha: Adaptação Cinematográfica de Em Chamas, por Francis Lawrence

Resenha do livro

"A sorte NUNCA está ao nosso favor."

Nunca imaginei que uma estréia que não fosse referente a Harry Potter pudesse ser tão grandiosa! Me surpreendeu muito que tantas pessoas esperassem comigo para que pudéssemos ver isso. Assisti ao filme no Domingo, e preciso dizer que a espera valeu muito à pena!

O texto que se segue pode conter spoilers

Esta é, de longe, uma das melhores adaptações que já vi na vida! Ainda referente à fidelidade com relação ao livro homônimo isso superou Harry Potter em diversos pontos, que tem as melhores adaptações depois de O Senhor dos Anéis, na minha opinião. Até os mínimos detalhes foram adeptos com precisão. A única cena da qual senti falta foi a que mostrava duas garotas buscando o Distrito 13. O relógio mockingjay também não deu sinal de vida. Mas foram os únicos furinhos que realmente representaram algo para mim.
Outro dos pontos que pude observar foi que o diretor optou por exibir a parte política tanto quanto parte que mostrava a ação. Para que tenham uma ideia, a arena só dá as caras depois de uma hora e meia de filme.

Todas as atuações foram espetaculares! Johanna superou muito minhas expectativas, e acredito que a de todos os tributos. (F****-se!!!/Não falei com você.) Jennifer estava maravilhosa com aquele vestido de tordo, sem comentar sobre aqueles gritos! Que coisa agoniante!
Ainda na faixa pré-fantasia, nunca vi um filme que tivesse uma trilha sonora com tantas das minhas bandas e cantores favoritos. Foi lindo para mim. Mas quanto ao instrumental, não achei que superou o primeiro filme.

As partes das quais mais gostei foram, praticamente, as mesmas que adorei no livro. O momento em que o idoso ofereceu os três dedos a Katniss, as palavras solidárias sobre Rue, a pintura de Peeta durante a demonstração das habilidades, o espancamento de Cinna, a corrida para escapar da névoa, os pássaros que imitavam gritos (achei que esta cena pudesse ser um bocado mais loga, mas está certo). Foi tudo incrível, maravilhoso, exatamente como eu havia imaginado. Tudo isso sem contar com a metamorfose do Mockingjay no início dos créditos finais! Uau!!!
As coisas que me deixaram um pouquinho aborrecida foram a arena, que não pareceu tão desesperadora quanto os pensamentos de Katniss mostraram (não havia sinal de relva a vista, só mar, mar, mar) e a parada cardíaca de Peeta.

Adoraria conversar com tributos sobre como isso foi incrível! Então apareçam nos comentários, sim? Foi lindo!

PS: Mesmo com uma adaptação tão bonita, ainda digo que leiam, por favor, os livros. A personalidade dos personagens acaba sendo moldada através de seus olhos e as coisas ficam tão mais emocionantes quando você sente e vê através de um olhar mais direto, como se estivesse lá. Com os livros eu quase pude sentir o cheiro do sangue e rosas de Snow quando ele apareceu na tela. Não usem os filmes como única opção, e sim como um complemento (neste caso um complemento BOMBÁSTICO!!!).

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mundo Selvagem

Resenha: Skins UK (1ª e 2ª temporadas)

"É como uma decisão viver rápido e morrer jovem. Nós tivemos a visão do mundo e agora vamos nos divertir um pouco."

Sabem, acaba de acontecer algo realmente legal! Descobri que este é minha centésima postagem, e estou aqui para contar sobre minha nova série favorita. É sempre tão bonito quando temos um novo favorito, porque eles são realmente difíceis de encontrar. Assim como meus outros favoritos, este parece ter chegado tão sorrateiramente, em um momento tão certo... 

Skins é um drama inglês que não possui um roteiro específico, e foi isso que mais gostei nele. Essa série só fala sobre como as coisas acontecem às pessoas o tempo todo e sobre como isso pode ser difícil.
Nas duas temporadas que assisti, os representantes são o que os fãs chamam de primeira geração (isso porque a geração muda a cada duas temporadas). Cada temporada possui dez episódios com cerca de quarenta e cinco minutos de duração. Outra de minhas coisas favoritas é que cada episódio retrata um personagem diferente, e no fim ganhamos dois episódios para amar ou detestar cada um.

Meus personagens favoritos foram Jal e Tony. Gostei de Jal desde seu primeiro episódio. Com Tony as coisas foram um pouquinho mais complicadas, pois eu o detestava mais do que todos os outros, e demorou para que eu notasse que ele se parece um pouco com alguém, e que as pessoas podem mesmo mudar se elas quiserem.
Um dos motivos pelos quais comecei a assistir Skins foi que alguns amigos já haviam me comparado a Cassie algumas vezes. Isso, em geral, me deixava um pouco irritada. Não fico mais tão irritada, e no fim passamos por coisas parecidas, que me ajudaram, e que a ajudaram. Não quero me aprofundar nisso, pois ninguém precisa (ou quer realmente) saber de nada.
Agora, minha temporada favorita foi a primeira. Wild World no fim foi só estranhamente emocionante, e tocou tanto meu coração que ainda ouço esta canção todos os dias. Além disso, as coisas não estão tão ruins. Não estão tão pesadas. Amigos não precisam se separar quando vão à faculdade e de certa forma é o que está acontecendo com os meus próprios amigos, e comigo também. O que é triste. E o que me fez gostar tanto disso.

Várias resenhas que li trataram Skins como algo que influencia adolescentes/crianças a usarem drogas. Não penso desta forma. Em primeiro lugar, porque estamos cientes de que cultura da Inglaterra é notavelmente diferente de nossa própria cultura, e em segundo, porque crianças não deveriam estar assistindo Skins. Não aconteceu comigo, e é a visão que tive de tudo. Pode ser que eu tenha passado por certas situações que não me fazem sentir interessada ou algo... só não me senti influenciada.

Gostaria muito de conversar com alguém que assistiu a série e achou-a muito, muito legal, ou apenas legal. Só gostaria de conversar. Então se vocês viessem aos comentários seria adorável... 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Carrie, Carrie, Carrie

Resenha: Carrie, A Estranha, de Stephen King

"Ela não era um monstro. Era só uma garota."

Carrie, A Estranha, teve uma nova adaptação para o cinema em 2013. Fiquei realmente curiosa sobre o filme, que será lançado em Dezembro (e provavelmente não aparecerá por aqui). Meu desejo de saber mais foi tanto que acabei ficando com o livro, mesmo que não estivesse realmente empolgada com ele. Preciso dizer que continuo ansiosa sobre o filme, mas por enquanto vou contar-lhes o que achei daquele que começou tudo.

Acredito que conheçam a estória da destruição da cidade de Chamberlain. Carrie é triste e oprimida pela mãe, uma fanática (não estou exagerando, acreditem) religiosa. Na escola, esta garota sempre se sentiu deslocada, nas margens e nunca no centro, sempre maltratada pelos colegas da mesma idade, que nunca procuraram entender sua aparência ou comportamento. Levava uma vida realmente triste, até estar consciente de que possuía certos dons telecinéticos: mover objetos com a mente; quebrar, jogar, derrubar coisas. 
Senti certa compaixão para com Carrie. Ela é uma personagem realmente interessante, só não teve muitas oportunidades para demonstrá-lo. Poucas pessoas para ouvi-la... Ninguém conhecia Carrie verdadeiramente, nem a própria mãe, e é quase assustador ver a metamorfose pela qual ela passa depois da descoberta sobre os poderes. 

O que mais gostei na obra foi, justamente, a metamorfose. Gostei de como Carrie evoluiu e de como tomou as rédeas da situação fortemente, apesar de ter tudo para não dar certo, como ela mesma sabia.
O que menos gostei foi da narração. Nunca gostei realmente da escrita de Stephen, e preciso dizer que não entendo muito bem os motivos pelos quais ele é tão vangloriado. Apesar de curto, demorei séculos para terminá-lo, e quase soltei-o próximo ao fim, mas me contive. É algo realmente pesado para se ler durante o dia.

Já foram lançadas duas adaptações (sem contar com a mais recente, que ainda será lançada), uma delas em 1976 e outra em 2002. Até então, só assisti à última versão. Fiquei mesmo satisfeita com tudo. Nada foge muito do livro, e as coisas são mesmo mais calmas se analisarmos - pois os pensamentos de Carrie não aparecem no filme, nem o comportamento tão exagerado de sua mãe (não tanto quanto no livro, claro). 
A versão de 2013 teve como atriz principal Chloe Moretz. Em partes, é por isso mesmo que quero assisti-lo. Os pôsteres estão muito bizarros e fantásticos ao mesmo tempo, e espero que seja bom o bastante para ter uma postagem só para ele.

Creio que a leitura tenha parecido tão pesada para mim por causa do meu gosto literário mais voltado à aventura, à ficção. Recomendo que, se você for como eu, comece por algo um pouquinho diferente. As Virgens Suicidas, talvez... Não partam para Carrie sem mais nem menos. 
(E se vocês quiserem ler para saberem de verdade o que aconteceu com a garota, não o façam. Stephen não conta!)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Romance da História da Filosofia

Resenha: O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder

"Mas quando mais pensava sobre o assunto mais claro lhe parecia de que, no fundo, saber que não se sabe também é uma forma de conhecimento."

Mais do que um livro, agora tenho um autor favorito! Nunca me cansarei de dizer que encontrar livros assim é a coisa mais maravilhosa do mundo. Quando você acaba de ler algo e descobre que, de repente, tornou-se diferente do que era antes de começá-lo. Sempre gostei de Filosofia, e agora me apaixonei por ela de vez.

O Mundo de Sofia conta sobre Sofia (nem imaginava!), que, alguns dias antes do aniversário de quinze anos, passa a receber bilhetes e cartas um tanto quanto estranhas, todos anônimos. Os bilhetes fazem perguntas bastante reflexivas como "quem é você?" e "de onde viemos?", até que, por fim, é convidada a fazer um curso de Filosofia. De carta em carta, somos também direcionados a diferentes períodos da história da Filosofia, aprendendo junto com a personagem.
Adorei Sofia. É raro quando não me irrito com os personagens principais de alguma forma, então preciso ressaltar o fato de que não tive problema algum com ela. Alberto também é muito bom (os dois Albertos).

Acho que, em toda a minha vida, nunca li um livro que me ensinou tanto. História, Filosofia... Nem na escola aprendi tantas coisas! Também é interessante ver a interpretação da personagem, que algumas vezes foi diferente da minha e ajudou-me a pensar de uma forma contrária.
Nenhum momento foi ruim ou tedioso, mas confesso ter me arrastado um pouquinho na parte que tratava do Helenismo. Também fiquei um pouquinho confusa no quase-fim, durante a confusão do jardim, como se o autor tivesse esquecido um pouquinho do que era no início, mas isso acontece em algumas estórias, então não me importei realmente.

Recomendo esta obra com muito amor! Foi um dos melhores livros que já li, e considerem que já li muitos, muito livros. Até pensei em uma possível faculdade de Filosofia. Sei que vão gostar tanto quanto eu, e estarei sempre aqui para conversarem sobre quando terminarem.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

The Sagas

Parceria: The Sagas

Estou muito animada para falar sobre isso porque finalmente tenho um parceiro! Ele se chama Samuel, e é dono do (maravilhoso) The Sagas. Nos conhecemos através de um grupo no Facebook, e estou exageradamente feliz sobre a parceria porque Samuel é uma pessoa incrível. Temos muitos interesses em comum, principalmente com relação a filmes e livros.

O blog The Sagas faz postagens variadas (notícias, resenhas, textos) sobre vários livros, filmes e séries. É atualizado frequentemente e ganhará um layout em breve. Já recebi outros convites para parceria, mas este foi o primeiro a me encantar porque o amor e carinho com que tudo é organizado é visível, e chamou bastante a minha atenção. 

Estou aberta a novas parcerias! Visite a aba 'contato' para mais informações. Sempre estarei disposta a conversar!

Todas As Estrelas Acabam Caíndo

Resenha: Através do Espelho, de Jostein Gaarder

"Enxergamos tudo em um espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir este espelho, enxergaríamos muito mais coisas, porém, não veríamos mais a nós mesmos."

É muito esquisito quando um livro curto consegue nos prender tanto, ou nos ensinar tanto. Foi mais estranho ainda, para mim, encontrar um livro onde a doença não fosse tratada de uma forma dramática. Não chorei porque tudo foi muito triste, mas porque tudo foi muito bonito. Porque, finalmente, encontrei um livro que descrevesse direitinho como são as coisas de verdade, sem fantasias gigantescas para parecer mais afável, e mesmo assim tornou-se uma das estórias mais bonitas que já li.

Através do Espelho conta uma estória um pouquinho complicada, porque a personagem sobre qual giramos em torno não está completamente consciente sobre o que está acontecendo. Depois de algumas páginas, podemos ver que ela está muito doente, e não quis continuar o tratamento, pois de nada adiantava. Entendi que Cecília, a menina, está com um tipo de tumor que voltou com mais força depois de um tratamento já realizado. Isso pode acontecer com certos pacientes. Cecília está próxima de se tornar um anjo, mas ainda não entende direito sobre como é ser um deles, e até se sente um pouco amargurada com relação a Deus. Então, passa a receber visitas de um anjo de verdade, chamado Ariel, que diz ter saído do outro lado do espelho e os dois compartilham informações sobre a vida na terra e a vida nos céus. 

Eu adoro o anjinho Ariel, porque é muito bom da parte dele visitar Cecília para prepará-la para a viagem até as mãos de Deus. Adoro as histórias que ele conta, e adoro o fato de ele ser tão bonzinho. Cecília também é uma menina muito esperta, que contou ao anjo com as próprias palavras sobre como é ver, cheirar, sentir e escutar. Contou com suas próprias palavras o que é ser um ser humano, e eu gostei muito de como fomos descritos.

Estou muito feliz, porque acho que acabo de encontrar meu novo escritor favorito, e algo novo para me ocupar! Logo depois que terminei Através do Espelho, corri para O Mundo de Sofia, que é um livro muito inteligente, e que está me ensinando muitas coisas também. Estou gostando muito mais de Filosofia agora, e dado que eu já gostava muito antes, é uma grande coisa. Pelo que pude ver, este é um assunto bastante debatidos nos livros de Gaarder.

Este é um dos meus novos livros favoritos, então é evidente que recomendo! Para todas as idades, contanto que você não seja muito sensível sobre assuntos como religião. Foi tudo bem para mim ter uma visão diferente de Deus e do céu, mas sei que é diferente para algumas pessoas, então este é o único problema que consegui enxergar. Gostaria muito de conversar com pessoas que leram, então estou nos comentários!
(Vou resenhar O Mundo de Sofia assim que terminar de lê-lo).

domingo, 13 de outubro de 2013

Escolhas

Resenha: Divergente - Livro 1 (Divergente), de Veronica Roth

"Os humanos não toleram o vazio por muito tempo."

Cá estamos nós com Divergente (eu prometi que leria, não prometi?). Meu interesse sobre esse livro aumentou depois que li a trilogia Jogos Vorazes, já que alguns leitores me afirmaram que seria tão boa - ou quase tão boa - quanto. Assim como Hunger Games, Divergente é uma distopia. 

Em Divergente (o primeiro livro da série com o mesmo nome), somos apresentados aos personagens principais e suas facções. É uma visão pós-apocalíptica do planeta que, por sua vez, foi dividido em partes que culpam determinadas razões sobre o fim do mundo, entre elas estão: a abnegação, a amizade, a audácia, a erudição e a franqueza. Aos dezesseis anos, todos os jovens são enviados para uma espécie de seleção, onde os mesmos decidem que rumo tomar - escolher a facção na qual você será feliz, deixando sua família, ou encontrar sua felicidade em um local que te deixará próximo aos entes queridos, mas nunca totalmente satisfeito. Beatrice (ou Tris) pertence à abnegação, mas fica com uma dúvida cruel sobre que escolha tomar depois do teste de aptidão, que apontou-a como Divergente.

A personagem da qual mais gostei foi a mãe de Tris. Achei-a muito bondosa e corajosa, levando segredos consigo sobre coisas que ninguém poderia imaginar até o fim. Ela me surpreendeu muito ao longo da estória. Agora, apesar de não ser minha favorita, a personagem principal, Tris, também mostrou-se uma pessoa suportável, diferente da maioria dos principais que conheço. Beatrice não é muito bonita, e reconhece o fato - isso já a torna bastante esperta.

O que mais gostei no livro foi, quase como sempre nestes casos, da visão futurista. Gosto muito de ver as visões diferentes sobre como acabaremos, como as coisas continuarão quando o mundo chegar ao fim, e esta foi bem interessante: dividindo pessoas de acordo com sua personalidade e escolhendo atividades para cada um dos grupos.
O que me deixou um pouco decepcionada foi que eu estava com as expectativas bastante altas sobre o livro. Imaginei que, se compararam-no a Jogos Vorazes, seria algo muito, muito bom, mas acabou sendo só bom para mim. 

Será lançado um filme baseado na obra em Março de 2014, e estou ansiosa para ele também, é realmente uma pena que nenhum dos personagens se parece de verdade com o que imaginei (pelo menos os que apareceram no teaser), mas tudo bem... Vamos esperar por mais notícias.

Se você leu HG e gostou do livro, é uma leitura que recomendo. Mas alerto para que as expectativas não fiquem tão altas. O que o planeta se tornou não é algo tão complexo e perverso quanto, porém, a leitura ainda vale à pena. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Primos Gêmeos

Resenha: A Solidão dos Números Primos, de Paolo Giordano

"Porque o amor de alguém que não se ama deposita-se na superfície e logo evapora."

Nunca havia lido algo de um escritor italiano. Não que eu julgue escritores por sua nacionalidade, mas fiquei curiosa sobre o livro, inicialmente, por causa disto. Quando notei que os personagens se assemelhavam com dois alguéns da vida real e li as primeiras linhas sobre seu quase desastrado - mas muito bonito - relacionamento, pensei sobre um possível aliado para As Vantagens de ser Invisível. Agora que terminei-o não digo que tornou-se meu segundo favorito, mas quase o faço.

O Silêncio dos Números Primos se passa entre os anos de 1993 e 2003, e gira em torno de dois personagens principais: Mattia, que abandonou a irmã gêmea altista em um parque quando eram crianças e perdeu-a para sempre, tornando-se um garoto com problemas como automutilação, por exemplo, e Alice, que sofre com a baixa auto-estima e algo que identifiquei como bulimia (não fica tão claro).
A evolução dos personagens com o decorrer dos anos é bastante marcante, e faz com que pessoas de diferentes idades se identifiquem com os mesmos; eu, por exemplo, identifiquei-me melhor com a estória nos primeiros anos, quando Alice e Mattia são adolescentes e buscam seu lugar no mundo - mas isso não me impediu de aproveitar o restante.

Sinto muita compaixão para com Mattia e seus pais. Não tanto com Alice, mas com Mattia sim. O fato é que todos os personagens são maravilhosamente formados. Todos. Até mesmo aqueles menos importantes, que aparecem como vislumbres pelas páginas do livro. Isso conduz o leitor a um universo só seu, onde todos os acontecimentos narrados tornam-se reais e provocam uma emoção tão profunda como se estivéssemos lá.
Quanto à escrita, achei tudo muito agradável, tudo muito rápido na hora de seguir em frente. São poucos os livros onde não me sinto desconfortável quando o assunto tocado envolve sexualidade, principalmente de um modo tão explícito, mas aqui tudo foi tratado por Paolo com muita delicadeza, não de uma forma suja ou espantosa (isso se concentra apenas no início do livro, quando ambos os personagens principais são adolescentes e, por sua vez, estão descobrindo coisas sobre si mesmos). 

Pelo que pude observar, há uma adaptação para o livro no cinema. Não estava interessada, mas quando ouvi Bette Davis Eyes no trailer senti como se precisasse assisti-lo. Prometo acrescentar uma nota por aqui quando acontecer. (Li alguns comentários sobre, e eles em sua maioria dizem que é algo realmente bonito, mas, como sempre, não chega aos pés do livro.)

Recomento a obra - e muito - se você tiver mais de quatorze anos de idade e estiver disposto a um assunto pesado de uma forma diferente, delicada e sensível. 

SPOILER
Preciso confessar que fiquei um tanto quando decepcionada, para não dizer revoltada, com o final que tudo teve. Houve aquela luz no fim do túnel, mas ela era o farol do trem, que atropelou e esmagou tudo de vez. Por que levantar as minhas esperanças desta forma para pisotear tudo, Paolo Giordano??? Estou perplexa e preciso debater isso com alguém.

sábado, 5 de outubro de 2013

Eu o Espero

Resenha: Percy Jackson e os Olimpianos - Livro 3 (A Maldição do Titã), de Rick Riordan

Não recomendo que você leia esta resenha antes de findar a leitura dos livros anteriores.
"Eu sei que você fará o melhor por ela. Ela faria o mesmo por você."

Parece que, finalmente, as coisas estão ficando um pouquinho mais sombrias! Gosto quando as coisas ficam um pouco mais sombrias porque isso torna tudo muito divertido, e depois de ler dois livros de Nicholas Sparks seguidamente, isso foi um alívio para meu coração adorador de aventuras.

A Maldição do Titã é o terceiro livro de Percy Jackson e os Olimpianos. Depois que Thalia despertou e o Oráculo realizou uma misteriosa previsão sobre uma estranha criatura que pode levar o Olimpo a seu final enquanto a única deusa que poderia encontrá-lo desapareceu misteriosamente, duas Caçadoras, uma semi-deusa e um sátiro saem para mais uma missão. Ninguém contava com o sumiço de Annabeth, e Percy tem pesadelos curiosos sobre a mesma. Não tentando controlar seu coração, parte atrás dos colegas, expondo-se mais uma vez.

Os personagens dos quais mais gostei nesta parte da série foram as Caçadoras de Ártemis! Preciso confessar que estou extremamente ansiosa sobre como elas ficarão na adaptação para o cinema, mas sei como elas se parecem em minha mente. Adoro o fato de que todas sejam meninas aparentemente frágeis e pequenas demais para lutar, mas o fazem mesmo assim. Também adorei Ártemis - se tornou uma de minhas deusas favoritas dentro da saga - e gostei muitíssimo das aparições de Atena. Pude ver como me identifico com ela, e acho que não estou mais em dúvida sobre em qual dos chalés me hospedaria.

O que mais gostei no livro foi, exatamente, o fato de que tudo está ficando mais complicado. Sei que Percy ainda é novo demais, então estou extremamente curiosa sobre os próximos livros (mas preciso me controlar, pois também quero ler Divergente), acho que eles guardam surpresas maravilhosas!
O que menos gostei foi do modo como ele foi escrito. Sei que isso se deve a vários fatores: ler algo de Philip Pullman (que por sua vez é a junção de meus dois escritores favoritos), não ter visto a tradução totalmente original, optando pela mais fiel, ter visto livros um pouquinho mais adultos... Preciso dizer que isso não aconteceu com nenhum dos outros livros, mas que, de início, me pareceu muito com uma fanfic. Não sei o motivo, mas isso não foi algo que atrapalhou meu desempenho.

Gostaria muito de falar com alguém que leu a tradução original, então se quiserem deixar algo no box de comentários será perfeito. Apesar de meu favorito continuar sendo O Ladrão de Raios, foi novamente uma leitura muito rápida e dinâmica. Adoro o joguinhos que Rick faz entre a antiguidade e a modernidade, e sei que isso pode entreter jovens e adultos. Recomendo a série até aqui, e pretendo continuar lendo.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A Pessoa Certa

Resenha: Um Homem de Sorte, de Nicholas Sparks

"Às vezes as coisas mais ordinárias podem se tornar extraordinárias, simplesmente se realizadas pela pessoa certa."

Nota sobre esta resenha.
Apesar das palavras já ditas e das opiniões já formadas, preciso dizer que estou um tantinho surpresa quanto a esta estória. Não por tê-la achado algo extraordinário, eu confesso, mas por tê-la achado vagamente diferente das demais. Estava abrindo o livro esperando alguma coisa, e acabei encontrando outra, bastante diferente.

Um Homem de Sorte conta sobre Logan Thibault, um ex-soldado que, após o término de tempo de serviço, vai em busca da mulher que acredita ter salvo sua vida. Isso porque em um dia de guerra, encontrou uma fotografia enterrada na areia, riscada no verso com uma dedicatória sem nome ou endereço, que apenas continha a letra "E". Depois de tal episódio, coisas estranhas passaram a acontecer - nada o atingia, ele era um homem de sorte. Caminhou por muito, muito tempo, e finalmente encontrou, em um canil, Beth. Elizabeth. Uma mulher muito bonita, mãe de um garoto de dez anos chamado Ben. Apaixonado desde o primeiro momento, Logan tenta aproximar-se cada vez mais, começando pelo emprego de treinador de cães e lidando com obstáculos como o ex marido de Beth, Clayton.

Entre os personagens que mais gostei estão Nana, Thibault e Zeus. Nana é muito engraçada, e eu passei algum tempo (preciso admitir) tentando decifrar suas estranhas frases. Acho que ela forneceu a Beth uma excelente criação, e é muito compreensiva para com a neta. Thibault é calmo e vagamente estranho. Me lembrou alguém que conheço e admiro superficialmente. Gostei do modo descomplicado com que ele lida com tudo. Quanto a Zeus, não sei se ele vale, mas porque é um cachorrinho esperto. E por algo mais, que envolve heroísmo, mas se dissesse eu estaria dando um spoiler.
Fiquei um pouquinho decepcionada com Elizabeth, pois desde o início ela tinha tudo para ser uma personagem realmente forte, diferente de todas as outras criadas por Sparks, mas isso foi desandando pelo caminho. Não achei sua personalidade tão marcante quanto poderia, mas preferi ignorar o fato durante a leitura.

O que mais gostei no livro foi, como sempre com este autor, a narração. Acho a escrita de Nicholas maravilhosa e muito fácil de ser lida. A leitura vai tão rápido, e você não consegue - e não quer - parar de ler. Isso é sempre bom em um livro.
O que menos gostei foi da falta de ação. Enquanto penso que algumas coisas aconteceram muito rápido, acredito que outras demoraram demais, ficaram sendo torcidas e retorcidas durante o desenvolvimento da estória e isso deixou as coisas um pouco entediantes por um momento. Felizmente foi o único, e acredito que isso se deve ao fato de que li uma aventura antes deste romance.

Uma adaptação para o livro foi lançada em 2012, mas como só vi o trailer posso dizer muito pouco. Gostei muito da atriz que interpreta Beth. Ela é bonita como diz o livro, e parece bastante decidida e forte. O mesmo ocorreu com Ben - não imaginei-o de forma diferente. Achei que foi um pecado sem tamanho escolher Efron para interpretar Logan, apesar de considerá-lo um excelente ator. Isso se deve mais à aparência do que a qualquer outra coisa. O rosto bonito e redondo e os cabelos curtos não conseguiram me passar a segurança do Thibault que imaginei.

Apesar de ficar longe de minha estante de favoritos, foi uma leitura tranquila e bastante rápida. Acho que é uma boa pedida para alguém que acabou de ler um livro muito chocante ou pesado e ainda não está preparado para partir para outra. 
Ps: Pensei que este fosse tomar o lugar de A Última Música de início, mas isso não aconteceu.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Outro Tipo De Fama

Resenha: The Bling Ring: A Gangue de Hollywood, por Sofia Coppola

"Afinal de contas, a infâmia não é mais o que costumava ser. É apenas outro tipo de fama. Não há mais vergonha."

Resenha do livro.
Depois de ler o livro e não satisfazer totalmente minha curiosidade, resolvi buscar algo mais. O filme acabou se tornando o que eu achava que o livro seria, algo que envolve um pouco mais de romance e adrenalina. 

Bling Ring conta (e o filme realmente conta, não mostra entrevistas e não cita sociologia em muitos momentos) sobre estes jovens que assaltavam casas de pessoas famosas. Depois de encontrar a chave de Paris Hilton debaixo do tapete e roubar pela primeira vez, tudo fica fora de controle. Então surgem as festas, os agentes, as roupas de grife, as drogas e as armas. Tudo isso voa pelos ares. As coisas realmente ficam complicadas.

Tive muita compaixão para com Nick (Marc) durante o filme. Não sei se posso tratá-lo como um personagem, já que ele realmente existe e nunca saberemos o que realmente se passava com suas emoções e sentimentos, mas o fato é que o que enxerguei no filme foi um garotinho apaixonado e com medo. Apaixonado por Rachel (Rebecca), seguindo-a por toda a parte e ajudando-a nos roubos mesmo sabendo que não dormiria à noite. (E por mais que esta pequena observação não seja relevante, achei que ele se parece com alguém que adoro - adoro muito, os sentimentos passam de "adorar" -, e sinto que este alguém passa, ou já passou, por dificuldades semelhantes.)

O que mais gostei no filme foi o modo como foi produzido. Sofia é uma das melhores diretoras que já vi, e penso desta forma desde Maria Antonieta. Amei como as câmeras foram posicionadas, as cores, os tons pastéis... Suspiro por tudo isso. E mais uma coisa: Tess estava lá!!! Tess Taylor nunca me enganou! (Emma também estava maravilhosa, se é por isso que você está aqui lendo isso.)
O que menos gostei (e não queria estar dizendo isso, mas infelizmente...) foi a falta do desenvolvimento quanto à relação dos personagens como Nick (Marc) e Rachel (Rebecca). Queria saber mais sobre sua relação, sobre o possível namoro, e queria muito que o roteiro contasse com isso - mesmo que tudo fosse uma invenção, só para sentir o gostinho. Li alguns comentários, e pelo que pude notar o filme lançado em 2011, com o mesmo título, fala um pouco mais sobre. Ainda espero assisti-lo, e assim que isso acontecer acrescentarei uma nota ao post.

Recomendo o filme principalmente aos que leram o livro e, assim como eu, querem um pouco mais. Esta é a história por trás da história julgada real, e está magnífico. Não acho que o livro contenha muitos spoilers sobre o filme, e nem que o filme contenha muitos spoilers sobre o livro, já que conhecemos o que acontecerá em seguida, então se você estiver curioso sobre o filme e não leu o livro não há problema algum, porém recomendo que o faça para ter uma base dos personagens e tornar tudo mais interessante. Eu adorei, e foi tudo (certo, quase tudo) que eu esperava.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ela Nada Sabia

Resenha:  Trilogia Fronteiras do Universo - Livro 1 (A Bússola de Ouro), de Philip Pullman

"- Eu queria... - começou a dizer, mas parou; querer não levava a nada."

Uma de minhas coisas favoritas na leitura é encontrar livros como este. Livros que fazem com que você fique acordado à noite, com que você pense, com que você sonhe. Minha experiência com ele foi fantástica, e fico muito alegre quando digo que há outra obra entre minhas favoritas. Quem sabe mais duas, quando eu acabar de ler a trilogia completa?

Em A Bússola de Ouro, Philip Pullman narra a jornada de Lyra e seu deamon* Pan em mundo muito parecido - e ao mesmo tempo muito diferente - do nosso. Quando vê o próprio tio passando por uma traição de dentro do armário e crianças começam a desaparecer (inclusive um de seus amigos), levadas por Papões, Lyra recebe um objeto que se parece com uma bússola, aparentemente indecifrável, e parte para o Norte. Descobrindo que as coisas estão ficando cada vez mais sombrias e curiosidades sobre a própria vida - por mais incrível e curioso que isso possa parecer - Lyra começa sua jornada em busca de Roger e das outras crianças desaparecidas com a ajuda dos Gípcios e um Urso de armadura chamado Iorek.
*Deamons são uma espécie de alma animal que está com os seres humanos desde o momento em que eles nascem e refletem sua personalidade. Eles e seus donos são inseparáveis, sendo que uma separação poderia provocar a morte ou sofrimento eterno de ambos.

É muito difícil explicar o enredo, já que diversas coisas acontecem ao mesmo tempo, então quero que saibam a sinopse que escrevi não cobre todos os pontos da estória, e que por mais que este seja um livro direcionado às crianças eu duvido muito que alguém de nove ou dez anos de idade entenderia todos os conflitos de sentimentos e referências aos átomos, elétrons ou religião.
Sim, este livro fala sobre religião e inclusive foi proibido em alguns países. Achei tudo isso uma tremenda falta de bom senso, já que fica claro que tudo é algo fantasioso utilizado pelo autor como um elemento de referência ao mundo atual - a religião e a ciência se confundem. Talvez alguém tenha ficado muito confuso ou assustado, ou tivesse a mente pequena demais. Talvez eu não seja má o suficiente para notar algum tipo de satanismo ou demônio, mas talvez isso seja fantasia, e nada mais.

Fiquei surpresa ao ler algumas resenhas que trataram Lyra como um personagem irritante ou mimado. Eu achei que Lyra é uma garota muito corajosa e esperta, e ela é uma de minhas personagens favoritas, logo depois de Iorek Byrnison. Sempre que Iorek aparecia eu me sentia mais segura, assim como Lyra. Parecia que nada seria capaz de vencê-lo, e eu achei genial quando foi dito que os ursos não podem ser enganados, mas que Iorek estava agindo como um homem, e que os homens passam por tais situações.
Outra de minhas características favoritas foi a narrativa. Isso foi algo como Lewis Carroll e C. S. Lewis juntos - meus dois escritores favoritos do mundo. 

Sendo este um de meus novos livros favoritos, eu obviamente recomendo! Talvez você não goste de fantasia, mas eu duvido muito que você não se enconte com A Bússola de Ouro. Também há um filme baseado, que eu assisti há muito tempo. Só o que posso dizer sobre ele é que lembro dos figurinos. Os figurinos são lindos, mas não lembro da Lyra adaptada como uma personagem marcante como a do livro, então vocês precisam me contar isso.
Espero mesmo que gostem! É lindo ter mais livros em minha estante de favoritos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Não Era Tudo

Resenha: Noites de Tormenta, de Nicholas Sparks

"Quanto maior o amor, maior a tragédia quando acaba. Esses dois elementos sempre andam juntos."


Nota sobre esta resenha.
Por mais curto que seja (e parece que quando você o lê ele se torna ainda menor), este livro me ensinou algumas coisas que considerei importantes. Não só sobre amor.

Noites de Tormenta conta sobre uma mulher de 45 anos, chamada Adrienne, que foi abandonada pelo marido recentemente. Adrienne fica arrasada, e busca apoio em uma pequena cidade na Carolina do Norte, cuidando da pousada de uma amiga que está fora. Uma grande tempestade está chegando, e ela acha que tudo será arruinado até a chegada de Paul, um viajante médico que procura se reconciliar com o filho e conversar com o marido de uma de suas antigas pacientes, que faleceu após uma cirurgia.
Ambos - Adrienne e Paul - se encontram em um momento frágil, e buscam o apoio um do outro, despertando sentimentos que estavam, até então, guardados a sete chaves.

Eu adoro Adrienne por sua ingenuidade. Ela não desconfia de que é bonita ou que alguém poderia achá-la atraente, só está buscando sua paz de espírito. A relação que ela tem com o pai também é pura, especial e me deixou bastante emocionada.
Paul também é interessante, pois geralmente, quando uma pessoa trabalha por muitos anos, é assim que ela continua pelo resto de sua vida, e ele tentou melhorar, ser uma pessoa melhor e consertar dívidas antigas. Queria que todos os trabalhadores compulsivos passassem por isso.

O que mais gostei no livro foi que ele me fez pensar em coisas que eu já havia pensado antes, mas muito brevemente. Sobre o tempo do amor, a idade em que ele pode atingir alguém, mudar as pessoas, segundas chances... Como disse no início do texto, ele é um livro tão curtinho, mas tão bonito ao mesmo tempo. Tudo acontece muito rápido, mas é muito profundo. Os dois se tornam pessoas melhores, e encontram o que procuraram quando eram jovens, mas só foram capazes de absorver da maneira correta agora. Será que existem pessoas que precisam ficar separadas por anos para esperar pelo momento certo?

Há uma adaptação para o cinema, com o mesmo título, que foi lançado há alguns anos. Não tive a oportunidade de assisti-lo (e nem sei se gostaria), mas pude notar algumas diferenças no trailer, com relação a Adrienne e sua amiga, e fiquei um tanto quando confusa sobre a idade de sua filha, Amanda.

O livro é ótimo para se ler em um final de semana de verão, ou em uma semana chuvosa, ou quando você preferir. A escrita de Nicholas é, como sempre, muito agradável de se ler, e isso faz com que as coisas andem bem rápido. Porém, recomendo a obra para, principalmente, pessoas mais maduras. Que já tiveram relacionamentos. Acho que isso pode levar a excelentes reflexões.

Nota Sobre Nicholas Sparks

Uma Pequena Nota Sobre Resenhar Livros de Sparks

Por mais doloroso que seja dizer isso, não sou uma grande admiradora de Nicholas Sparks. Doloroso porque sua escrita é linda, e nunca consegui abandonar nenhum de seus livros por isso (até costumo lê-los mais rápido), mas é tão decepcionante começar lendo algo sabendo qual será o final... Sabendo que haverá uma praia, um casal, alguém morrerá de câncer ou de uma doença fatal e eu chorarei em algum momento. Quando vejo o nome "Nicholas Sparks" na prateleira de uma livraria, costumo desviá-la o mais rápido que posso. Quantos romances poderiam ter recebido tanto reconhecimento quanto, de uma forma diferente, e estão guardados em computadores? Sinto raiva quando penso nisso.

O que ocorreu foi que, há algumas semanas, ganhei como prêmio de um concurso de oratória, dois livros chamados Noites de Tormenta e Um Homem de Sorte - ambos de Sparks. Isso é muito engraçado, porque logo que fui informada de que os prêmios seriam livros pensei algo semelhante a "Nicholas Sparks não, por favor, Nicholas Sparks não...", mas adivinhem?

Pensando que esta pode ser uma possível chance para me reconciliar com o autor, resolvi resenhar estes dois livros como únicos, sem compará-los aos outros, por mais difícil que pareça. Peço que os fãs me perdoem caso avistem algo do qual não gostarem - sei que os fãs sempre vêem as coisas de uma maneira diferente, mas lembrem-se de que eu não tenho este olhar para com Nicholas. Adoraria dividir experiências sobre ele e suas obras nos comentários, no entanto.

Ps: Os livros que li foram Diário de Uma Paixão, Querido John, A Última Música (meu favorito entre todos estes), Noites de Tormenta e Um Homem de Sorte, apenas cinco, entre dezoito. Mas li a resenha de todos os publicados, e acho que nenhum fugiu muito à base usada com frequência. Me perdoem caso alguma das estórias seja muito diferente.

sábado, 14 de setembro de 2013

Onde Queria Estar

Resenha: O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michel Gondry

"Faça tudo em nome do amor. Menos esquecer."

Agora vou escrever sobre um filme muito bonito, que assisti na noite de Sábado. É cada vez mais raro encontrar filmes tão bons que merecem ser resenhados, repassados e recomendados, então sempre que encontro algo assim sinto vontade de compartilhar com outras pessoas. 

O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (título comprido, não? imagino como as pessoas se sentem ao dizer que este é seu filme favorito quando questionadas sobre) conta sobre Joel e Clementine, que tiveram um relacionamento de alguns anos até que tudo fosse por água a baixo. Cansada de lembranças indesejadas, Clementine resolve fazer parte de uma experiência para apagar Joel completamente. Quando descobre, Joel faz o mesmo, mas se arrepende durante o processo. Incapaz de falar ou se mover, ele tenta escapar do nó das próprias memórias, provocando reações inesperadas.
Eu sinto uma enorme compaixão por Joel, acho que ele ama muito Clementine. Mas Clem é um tanto quanto instável e louca, e apaixonante como personagem. Ela muda a cor do cabelo o tempo todo durante o filme. Eu a adoro.

A primeira coisa que notei foi o elenco. Se Jim Carrey e Kate Winslet juntos não são uma atração para você então eu não imagino o que seja. Também há Kirsten Dunst, Mark Ruffalo e Elijah Wood (detesto ter que colocar esta observação aqui, mas sim, é o Frodo).
A atuação de todos foi muito bonita, e teve uma participação fundamental durante o desenvolvimento do filme, já que o mesmo fala de emoções.

Agora, a segunda coisa que notei (ou pensei), foi na história de que, quando um casamento não dá certo, o casal precisa lembrar dos motivos que fizeram com que eles se apaixonassem. Será que se um casal que estivesse terminando tudo assistisse a este filme eles voltariam a ficar juntos?
Nunca terminei um casamento para saber disso... Nem comecei um. Mas continuo pensando nisso, e acho que o filme pode ser, além de bonito, muito especial para quem passou por tal situação. 

É algo interessante para se pensar em ser paciente. Não jogar tudo para o alto por um segundo, uma lembrança ruim e, por mais que isso seja difícil de ser feito, lembrar dos incontáveis segundos, das inúmeras lembranças boas e tudo o que te fez sorrir. Aposto que vão gostar muito do filme, se tiverem a chance de assistir. Se quiserem, podem vir me contar nos comentários... E não esqueçam de lembrar das coisas felizes.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quase Famosos

Resenha: Bling Ring, a Gangue de Hollywood, de Nancy Jo Sales

"Somos só garotos normais. Não era como se fôssemos criminosos."

Resenha do filme.
Estava muito animada para falar sobre este livro! Fiquei tão ansiosa para ler quando lançou, e tive que esperar certo tempo até que chegasse à minha cidade. Quando li seu primeiro capítulo fiquei gigantescamente surpresa - não da forma que esperava ficar, mas tão positivamente quanto (ou, quem sabe, até mais!).

Em Bling Ring, a Gangue de Hollywood, Nancy Jo Sales (que é uma jornalista de talento extraordinário só pelo fato de ter ficado sabendo de tanto, com tão pouco) nos fornece entrevistas e tudo - não tudo, mas a maioria das informações - sobre uma gangue que agia roubando famosos pelo simples prazer de fazer parte deste estilo de vida. Paris Hilton, Lindsay Lohan e Orlando Bloom fazem parte de suas vítimas. 
O que ocorreu, foi que a diversão durou muito pouco. Os assaltos eram cada vez maiores e mais complicados, o que colocou os jovens em posições mais complicadas ainda.

Sobre a parte que realmente me surpreendeu, o livro trata mais de sociologia do que qualquer outra coisa. Como uma grande reportagem, com entrevistas que se mesclam com as opiniões da própria Nancy sobre como todos se sentem rebaixados diante de uma sociedade que tanto vangloria celebridades - tanto ao ponto de colocar-se em risco para poder, simplesmente, entrar em contato com coisas usadas ou tocadas por elas. Observem, todos os jovens tinham condições suficientes para buscar por roupas legais, comprá-las, mas queriam destaque. Queriam ser celebridades, se vestir como elas, agir como elas.

O que mais me assustou e chamou minha atenção foi um desejo repentino que brotou dentro do meu próprio cérebro. O pensamento de "Como esses caras são legais!!!", que me assombrou um pouco quando pensei sobre como as celebridades foram agredidas emocionalmente com tudo. Isso está fazendo parte de nossa nova cultura? Só os famosos tem seu lugar no mundo?
Mais do que uma história divertida sobre um grupo de jovens que simplesmente pegava roupas, sapatos, bolsas e eletrônicos de marca - o que eu esperava que fosse - esta é uma história que realmente nos leva a pensar. Sobre a sociedade, a cultura e como nos sentimos com o fato de que uma moça bonita recebe mais destaque do que alguém que realmente se dedicou e esforçou para chegar onde está.

Recomendo o livro para adolescentes, jovens e adultos, com o selo de isso lhe será útil no pacote. Sei que muita gente adquiriu o livro pela Emma estampada na capa, e ficou como "Mas isso é GENIAL!" - espero que você fique assim também!

domingo, 8 de setembro de 2013

Como Se a Vida Valesse à Pena

Resenha: 500 Dias com Ela, de Marc Webb

"Um garoto e uma garota podem ser amigos, mas quando chegar a um ponto, eles vão se apaixonar. Talvez temporariamente, talvez por muito tempo, talvez tarde demais, e talvez para sempre."

Precisava escrever isto para livrar meus amigos de tantos comentários sobre... 
Primeiro, preciso que saibam que não gosto de comédias românticas, pois todas são iguais para mim. E segundo, o que fez com que eu sentisse vontade de espalhar esta estória pelo mundo foi que, por incrível que pareça, é diferente de todas as outras!

500 Dias com Ela ou 500 Days of Summer, conta sobre Tom, que conhece Summer em uma reunião com seu chefe. Summer é linda, e Tom tenta conversar ou fazer qualquer tipo de contato durante duas semanas. Nada dá certo, e os dois só são oficialmente apresentados quando vão ao karaokê com alguns colegas de trabalho. Os dois descobrem que tem algo em comum quando Tom ouve The Smiths no elevador, e Summer diz que adora suas canções. Com o tempo, conversam sobre amor e sentimentos, iniciando um relacionamento bastante confuso e conturbado. 
Ps:. The Smiths, sempre começando relacionamentos... (As Vantagens de ser Invisível)
Ps2:. "Esta é a história de um homem que conhece uma garota, mas não é uma história de amor."

Meu personagem favorito é Tom porque, geralmente, nos outros filmes, os homens não são tão sentimentais com relação ao amor. Não sei se senti tal coisa porque o foco cai um pouco mais sobre ele (os filmes de amor costumam focar um pouco mais as mulheres), mas me pareceu algo muito real e diferente.
Também há Summer, com seus laços no cabelo e dificuldade de se envolver. Se sente aprisionada quando muito próxima a outra pessoa, e não acredita no amor. Identifiquei-me com ela (exceto pela parte de não acreditar no amor).

Como já disse, o que mais gostei no filme foi que ele é diferente de todas as outras comédias românticas que assisti. Isso porque não mostra só o lado feliz do amor. Ele mostra os altos e baixos, os dias felizes, e os tristes também. É algo que se parece mais com a vida real, e que nos dá uma perspectiva diferente sobre se apaixonar ou amar alguém. O desfecho que as coisas tiveram também não foi nada previsível, nem para mim (sou uma daquelas pessoas que já sabe do final do filme quando vê o rosto dos personagens). 

500 Dias com Ela é um filme tão lindo, que nos faz ter visões diferentes e nos prepara para possíveis quedas... A maneira como ele é filmado e sua trilha sonora também são tão bonitas! 
Mesmo que você não goste de comédias românticas ou dramas, por favor, dê uma chance a ele! Ele pode não ser um daqueles filmes profundos, que te deixam pensando por anos, mas posso garantir que o momento é algo muitíssimo especial.
(Caso você sinta vontade de assisti-lo, garanto que irá encontrá-lo em sites de filmes no Google - foi lá que eu vi. Depois volte para conversar comigo!)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Homens e Porcos

Resenha: A Revolução dos Bichos, de George Orwell

"Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros."

Simpatizava com Orwell antes mesmo de ler A Revolução Dos Bichos, e confesso ter procurado este livro para aprender um pouco mais sobre A Revolução Russa (informações que teriam sido muitíssimo úteis na prova que fiz na semana passada, mas agora é tarde demais). 

A Revolução dos Bichos fala sobre animais que revoltaram-se contra o próprio dono, o Sr. Jones, e tomaram a Granja Solar totalmente para si sob o lema "Quatro pernas bom, duas pernas ruim", gerando sua própria revolução. Os líderes da revolução eram os porquinhos Bola-De-Neve e Napoleão, que tentaram ensinar os animais a ler e escrever, e criaram mandamentos para que ficasse claro que nenhum animal jamais acabaria como os homens acabaram.
Com o tempo, porém, o desejo da sociedade utópica é afastada por Napoleão, que tira Bola-De-Neve do poder e começa a pregar uma ditadura corrupta e suja como a dirigida por humanos.

O que mais gostei no livro foi que os sentimentos são facilmente reconhecidos, tornando mais fácil o entendimento sobre as ideologias e pensamentos de Lênin, Trotsky e Stalin. Quando estudo História costumo pensar "Mas o que levou Fulano a fazer tal coisa? Como ele se sentia com relação a isso?", aqui, finalmente, minhas dúvidas foram esclarecidas! Sei que não é possível tratar assuntos como este com tanta fidelidade, já que nem eu e nem ninguém que vive hoje estava lá para saber perfeitamente dos fatos, compreendendo o que se passava com cada um, mas convenhamos: é um consolo.
O que menos gostei foi de como Napoleão me decepcionou... Sei que histórias baseadas em fatos reais nunca possuem um final tão feliz assim, mas por que, Napoleão? Por quê??? Decepcionada para sempre com tal atitude.

Meu personagem favorito do livro, é o burrinho Bejamin. Fica claro que Bejamin sabia o que se passava, mas tinha medo (ou algo parecido com medo) de contar tais atrocidades aos outros animais da Granja. Fiquei pensando o que faria em seu lugar, e acho que terminaria tão mal quanto. Senti que este seria meu próprio papel, se eu estivesse lá. Não me orgulho de ser medrosa, mas não daria minha garganta aos cachorros de Napoleão.

Há um filme com o mesmo título, que acredito ser baseado no livro, mas não o assisti ainda, então não posso opinar sobre. Li alguns comentários sobre o mesmo, e a maioria (grande maioria, mesmo) não foi tão positiva. 

Meu entendimento sobre os personagens, depois de ler outros artigos e diferentes opiniões, foi:
Jones: Czar
Major: Dúvida entre Karl Marx e Lênin
Bola-de-Neve: Trotski
Napoleão: Stalin
Garganta: Mídia a favor de Stalin
Cães: Polícia
Demais animais: Classe operária, presa na própria Revolução

Recomendo a obra a todos que desejam aprender, mas que, assim como eu, acham livros de História realmente chatos de serem lidos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Não Ouse Não Ousar

Resenha: As Crônicas de Nárnia - Livro 3 (O Cavalo e Seu Menino), de C. S. Lewis

"Mas até um traidor pode corrigir-se."

Esta é a terceira crônica que leio, depois de O Sobrinho Do Mago (será resenhado em breve) e O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa. Percebi que estou envolvida com Nárnia e seus personagens principais quando Suzana, Edmundo, Lúcia e Pedro me deixaram bastante feliz quando apareceram por aqui. 

Diferente da maioria dos livros, este não é protagonizado pelos quatro irmãos, e sim por duas crianças (Shasta e Aravis) e seus cavalos falantes de Nárnia (Bri e Huin). Quando Shasta descobre que seu suposto pai estava preste a vendê-lo, se depara com o cavalo de seu possível comprador, chamado Bri. Os dois fogem juntos para a liberdade que apenas Nárnia os proporcionaria, segundo as lembranças muito distantes do próprio animal. No caminho, os dois - já muito amigos - se deparam com uma tarcaína, Aravis, que foge com sua égua Huin do casamento arranjado. Os quatro viajam juntos para as terras do Norte, vivendo aventuras que nunca haviam imaginado.

Neste livro, minha personagem favorita foi Aravis. Ela é muito corajosa e corre por seus sonhos. Não permite que ninguém a aprisione ou obrigue, mesmo que isso tenha suas vantagens. Suzana aparece algumas vezes, assim como Lúcia, mas acho que prefiro a versão infantil de ambas. Aslam também tem suas aparições, e é incrível como tudo fica calmo e mais bonito quando ele está por perto. Continuo gostando muito dele.

O que mais gostei no livro, como na maioria dos outros, foi que as crianças se tornaram melhores durante sua chegada a Nárnia. Todos sempre ficam melhores quando se aproximam de Nárnia e isso é simplesmente fantástico. Isso me levou à conclusão de que exitem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que rezam através de A Cabana, e aquelas que rezam através de As Crônicas de Nárnia. E por mais que isso seja difícil de entender, acho que é verdadeiro.
O que menos gostei foi que alguns detalhes ficaram um tanto quando esburacados. A estória dos filhos do rei Luna, por exemplo. Mas tudo bem levando em conta que esta é uma coleção dedicada principalmente a crianças e há animais falantes...

Estou muito curiosa sobre O Príncipe Caspian porque confesso ter dado uma espiadinha na adaptação para o cinema, então continuarei lendo até o fim. Como já disse, minha coisa favorita nestas crônicas é que elas nos ensinam lições se conseguirmos enxergar. Como a Bíblia, mas de uma forma mais delicada e agradável. Acho interessante que tanto crianças quanto adultos as leiam. É impossível não amar uma coisa tão pura. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Galante Tyson

Minha Opinião Sobre: Adaptação Cinematográfica de O Mar De Monstros

Aviso: Pode conter spoilers.
Não posso dizer que fiquei realmente satisfeita sobre a adaptação de O Ladrão De Raios, mas mesmo assim adentrei a sala de cinema esperançosa para assistir O Mar De Monstros. Foi triste e no mínimo decepcionante saber que tudo isso foi em vão. 

Sobre os personagens que mais chamaram a minha atenção de maneira negativa: primeiro sobre Clarisse. Não posso ficar aborrecida porque a atriz contratada para o papel não condiz com minha imaginação, mas convenhamos... A personagem é bem mal educada no livro, e possui uma linguagem corporal (além de uma aparência) bastante masculinas. Já a Clarisse do filme... eu acabei gostando dela! Da personalidade dela. E vocês devem concordar comigo quando digo que Leven Rambin não é nada masculina. Foi a primeira coisa que notei. Agora Tyson... Meu cérebro ainda tenta processar o que diabos foi isso. O diretor achou que uma peruca boba e umas roupas rasgadas fossem disfarçar aquele rosto magnífico? Que eu não ia perceber aqueles dentinhos perfeitamente alinhados? Não. Absolutamente não. Quanto ao olho, achei que no filme pareceu bem menos flutuante do que nos trailers, e não tive a sensação de que ele cairia a qualquer momento... Mas isso não justifica nada. E ponto final. 
Hermes. Mas que droga foi esta? Imaginei meu copo voando para a tela junto com meus sapatos no momento em que ele apareceu. Por favor... Depois de tudo isso, acredito que não preciso falar sobre Grover, já que sua personalidade no filme, apesar de nada fiel, é bastante divertida.

Agora, sobre os personagens que chamaram a minha atenção de maneira positiva: notei as mudanças em Annabeth, e acho que elas foram bastante significativas levando em consideração que agora ela está realmente loura (não como imagino que a personagem do livro seja, mas loura). Também adorei Thalia! Acho que bem lá no fundo imaginei ela exatamente desta forma. Os cabelos, os olhos e o figurino. Achei tudo absolutamente incrível, mas a frase dita por ela no final não causou tanto impacto quando eu esperava.

Também fiquei um pouquinho decepcionada porque a ilha das sereias e o spa dos hamsters não apareceram. Fiquei curiosa sobre como as sereias seriam representadas, e achei aqueles hamsters um tanto quanto cômicos. A relação entre Tyson e Percy também ficou um pouco sem sentido para os fãs dos filmes, ao meu ver, pois os dois são muito mais que isso. Muito mesmo.
A parte que mais gostei, como esperava ao ver o trailer, foi a dos cavalinhos nadadores. Está certo que foi só um cavalo, mas tudo bem na minha mente, pois ele era magnífico e foi a parte mais mágica de todas!
Vi certas reclamações sobre a animação mostrada na parte do Oráculo, comparando-a com a estória dos Três Irmãos, de Harry Potter, mas achei que tudo ficou muito bonito, já que ela foi visivelmente inspirada em pinturas gregas e a série em questão é baseada principalmente em sua mitologia. 

Apesar de algumas pequenas melhorias, achei que os diretores estão confundindo bastante as coisas, e que os livros foram misturados, piorando ainda mais a situação. Minha opinião continua fixa naquela coisa de que a base é a mesma, mas tudo foi modificado no início e provavelmente continuará assim até o fim. Felizmente os filmes são muito bons também, se não comparados aos livros, e admito desejar ir às outras estreias se futuras adaptações forem lançadas. 
Ps:. Adorarei ler opiniões de outras pessoas, então, se quiserem, podem visitar o box de comentários logo a baixo!