terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Senhorita Ilusão

Resenha: A Marca de uma Lágrima, de Pedro Bandeira

"Tanto se perde no caminho do coração ao cérebro, do cérebro à boca, da boca à mão e da mão para o papel..."

Não é maravilhoso como todos os meus últimos posts falam de minhas coisas favoritas? E este também fala de uma nova coisa favorita! Um novo livro favorito! 

A Marca de uma Lágrima conta a estória de Isabel, que apaixonou-se pelo primo Cristiano desde a primeira vez em que o viu. O que ocorre, porém, é que Cristiano gosta de sua melhor amiga, Rosana. Com o coração nas mãos, Isabel passa a escrever cartas com poemas para que Rosana entregue ao seu amado, como se as mesmas não fossem de sua autoria, mas testemunhassem o amor entre a rival e o primo. Cada vez mais Isabel afunda na dor daquele amor não correspondido, lutando contra a dor, um crime misterioso e seu pior inimigo: ela mesma.
Isabel é uma personagem extremamente bem construída. Digo isso porque não foram necessárias descrições que dissessem que ela era inteligente, ou que ela gostava de escrever, ou que ela precisava de ajuda com relação aos seus próprios sentimentos. Isso é algo que pude encontrar sozinha, através dos poemas e dos pensamentos, que é, em minha opinião, a coisa mais maravilhosa que pode ocorrer num livro.

Assim como Isabel, também sofro com este Inimigo que nos observa do outro lado do espelho. Ele diz coisas tão ruins, e o pior nisso é que nós duas acreditamos firmemente que tudo é verdade. Felizmente, temos nossos Fernandos, que nos fazer acreditar por um minuto que somos alguém importante. Há, também (e isso não é mais feliz, é triste) nossos Cristianos que, de certa forma, tornam-se inimigos poderosos.
É tão bom e estranho se identificar tanto com algo que foi criado por alguém que você não conhece pessoalmente...

O livro aborda de uma maneira leve e pesada, dolorosa e doce, triste e feliz, o amor. O amar alguém tão fortemente. Trata de insegurança, medo, perda e poemas. E os poemas... Ah, os poemas... 
Espero que vocês o leiam e encontrem nele tanto quanto eu encontrei de mim mesma. Só lembrem-se: Sempre quero conversar!

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