segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Carrie, Carrie, Carrie

Resenha: Carrie, A Estranha, de Stephen King

"Ela não era um monstro. Era só uma garota."

Carrie, A Estranha, teve uma nova adaptação para o cinema em 2013. Fiquei realmente curiosa sobre o filme, que será lançado em Dezembro (e provavelmente não aparecerá por aqui). Meu desejo de saber mais foi tanto que acabei ficando com o livro, mesmo que não estivesse realmente empolgada com ele. Preciso dizer que continuo ansiosa sobre o filme, mas por enquanto vou contar-lhes o que achei daquele que começou tudo.

Acredito que conheçam a estória da destruição da cidade de Chamberlain. Carrie é triste e oprimida pela mãe, uma fanática (não estou exagerando, acreditem) religiosa. Na escola, esta garota sempre se sentiu deslocada, nas margens e nunca no centro, sempre maltratada pelos colegas da mesma idade, que nunca procuraram entender sua aparência ou comportamento. Levava uma vida realmente triste, até estar consciente de que possuía certos dons telecinéticos: mover objetos com a mente; quebrar, jogar, derrubar coisas. 
Senti certa compaixão para com Carrie. Ela é uma personagem realmente interessante, só não teve muitas oportunidades para demonstrá-lo. Poucas pessoas para ouvi-la... Ninguém conhecia Carrie verdadeiramente, nem a própria mãe, e é quase assustador ver a metamorfose pela qual ela passa depois da descoberta sobre os poderes. 

O que mais gostei na obra foi, justamente, a metamorfose. Gostei de como Carrie evoluiu e de como tomou as rédeas da situação fortemente, apesar de ter tudo para não dar certo, como ela mesma sabia.
O que menos gostei foi da narração. Nunca gostei realmente da escrita de Stephen, e preciso dizer que não entendo muito bem os motivos pelos quais ele é tão vangloriado. Apesar de curto, demorei séculos para terminá-lo, e quase soltei-o próximo ao fim, mas me contive. É algo realmente pesado para se ler durante o dia.

Já foram lançadas duas adaptações (sem contar com a mais recente, que ainda será lançada), uma delas em 1976 e outra em 2002. Até então, só assisti à última versão. Fiquei mesmo satisfeita com tudo. Nada foge muito do livro, e as coisas são mesmo mais calmas se analisarmos - pois os pensamentos de Carrie não aparecem no filme, nem o comportamento tão exagerado de sua mãe (não tanto quanto no livro, claro). 
A versão de 2013 teve como atriz principal Chloe Moretz. Em partes, é por isso mesmo que quero assisti-lo. Os pôsteres estão muito bizarros e fantásticos ao mesmo tempo, e espero que seja bom o bastante para ter uma postagem só para ele.

Creio que a leitura tenha parecido tão pesada para mim por causa do meu gosto literário mais voltado à aventura, à ficção. Recomendo que, se você for como eu, comece por algo um pouquinho diferente. As Virgens Suicidas, talvez... Não partam para Carrie sem mais nem menos. 
(E se vocês quiserem ler para saberem de verdade o que aconteceu com a garota, não o façam. Stephen não conta!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário