sábado, 24 de agosto de 2013

Preste Atenção Nos Sinais

Resenha: O Lado Bom Da Vida, de Matthew Quick

"O mundo quebrará seu coração de dez maneiras diferentes, isso é uma certeza. E não posso começar a explicar isso ou a loucura dentro de mim ou a dos outros, mas adivinhe? Penso em tudo que todos fizeram por mim, e me sinto um cara realmente sortudo."


Confesso não me sentir muito atraída por livros que não envolvem uma boa dose de fantasia ou criaturas mágicas, e confesso, também, que costumo parar de ler um livro quando ele diz muitos palavrões ou algo, mas não fiz isso desta vez, pois tive compaixão com Pat, e estou muito agradecida por isso.

O Lado Bom da Vida conta sobre sobre Patrick (ou Pat, ou Patty), e é narrado por ele mesmo a partir do momento em que sai do lugar ruim, que é uma clínica psiquiátrica onde ficou internado depois de uma situação da qual não lembra. Tudo que Pat faz após voltar para sua casa é para Nikki, que já foi sua mulher. Segundo Pat, os dois estão apenas passando um tempo separados, e ele espera o tempo todo que este período termine, para que possa mostrar como é um homem melhor, como perdeu peso e como mantém uma vida saudável. Uma coisa sobre Patrick é que ele é viciado em exercícios físicos. Sente que precisa fazê-los sempre, para voltar ao que ele era antes de se tornar um marido ruim. Durante esta jornada, Patty conhece Tiffany, que é irmã da esposa de seu melhor amigo, e os dois passam a construir uma amizade completamente louca e fora do normal.
Meu personagem favorito não está entre os principais, mas ele é o Danny, que estava na mesma clínica psiquiátrica onde Patrick ficou, e era um de seus melhores amigos. Ele não aparece muito, mas quando aparece faz bastante diferença, e também é muito engraçado. Também adoro a invasão asiática nos jogos de futebol, e o terapeuta Dr. Patel, que são amigos maravilhosos.

O que mais gostei no livro foi sua narração, pois Pat é alguém muito inocente em certos sentidos, e ela me lembrou um pouco as cartas de Charlie, do livro As Vantagens de Ser Invisível (que é um de meus livros favoritos de todos os tempos). Também gostei de como as peças foram encaixadas para que chegássemos ao final de tudo, e solucionássemos o quebra-cabeça do personagem principal.
O que menos gostei, e que me irritou de verdade, foi que Patty é tão obcecado por Nikki que, mesmo que a personagem não apareça realmente (apenas através do olhar e das lembranças dele) a estória gira em torno dela. Tudo é sobre Nikki, e tudo é para Nikki, e isso é tão ruim para ele mesmo! Também não gostei muito da narração exagerada dos jogos. Fica claro que Pat e seu pai e todo o resto da população são apaixonados por isso, mas acho que os resultados seriam suficientes para mim.

O filme foi adaptado para o cinema ainda em 2013, e também achei muito bonito, mas não achei que fosse nada fiel ao livro. Claro que os nomes dos personagens são os mesmos, que tudo tem o mesmo núcleo, mas as personalidades de todos são muito diferentes, e isso me magoou de verdade, pois como eu disse, gostava de como era o Patrick do livro. Não posso negar que é algo muito bonito, e que me deixou um pouquinho mais emocionada que o próprio livro, mas eles não deveriam ser tratados como coisas que pertencem ao mesmo lugar. Devemos separá-los. 

A leitura é bastante simples, e podemos encontrar muitos palavrões (muitos mesmo), é um livro divertido de se ler nas férias, e me ajudou com a visão que eu tinha sobre mudar e me tornar uma pessoa melhor. Está me ajudando a fazer isso, e esta é a minha coisa preferida nele.

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