sábado, 4 de janeiro de 2014

Sei Que é Maluquice

O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger

"Não devíamos contar nada a ninguém. Quando contamos, começamos a sentir falta de todo mundo."

Um amigo muito querido me contou em um dia difícil que este foi seu livro favorito na adolescência. Já o havia visto outras vezes, inclusive no livro que marcou a minha adolescência. Contei a ele sobre isso, e o amigo emprestou-me seu próprio exemplar, com suas próprias anotações e suas próprias marcas. Achei isso algo fantástico porque imaginei que quando eu estiver mais velha poderei emprestar meus livros. Contar a outras pessoas que eles eram meus favoritos e fazê-las se sentirem melhor. Livros levam muitas histórias além daquelas que neles foram impressas.

Mas, ignorando as outras histórias momentaneamente, a que foi impressa neste aqui conta sobre um jovem chamado Holden, que vem de Nova Iorque. Holden não tem um bom histórico escolar. Foi expulso mais de uma vez, e agora, novamente. Por isso o rapaz decide voltar para casa mais cedo, e passa um final de semana vagando pelas ruas, procurando pessoas que para ele foram importantes, pensando melhor sobre si mesmo e o comportamento dos que o cercam.

Holden é alguém muito interessante. De verdade. Nunca vi um personagem como Holden antes, e já li muitos outros livros por aí. Outro personagem que me cativou foi o Professor Antolini. Às vezes encontramos estes professores que ouvem e entendem melhor do que qualquer pai ou amigo.
Uma das coisas que mais gosto de estudar é o comportamento humano, e, em suma, é sobre isso que o livro fala. O personagem principal simplesmente se cansa de tudo. Acha que o fim chegou e o sentimento de confusão é algo sempre presente. Isso não te parece familiar?

Preciso confessar, porém, que além de Holden não houve nada atrativo. Nada me fez sentir curiosa ou com vontade de ler tudo de uma vez. Então me dei conta de que meu livro favorito também não conta nada assim. Só sobre uma mente agitada. O que acontece ali é que vemos a nós mesmos alguns anos, ou meses, ou semanas antes. Nós fazemos a história tornar-se especial.

Ps:. Como podem ver, não tenho muito a dizer por aqui. O que tenho em mente é difícil explicar, como acontece na maioria das vezes, mas bem lá no fundo O Apanhador no Campo de Centeio me fez sentir melhor. Me fez ver que não sou (ou era) a única confusa neste mundo. Que todos temos aqueles momentos onde caímos sem parar, e parecemos nunca tocar no chão. É... união. Foi disso que mais gostei.

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