sábado, 22 de junho de 2013

Repetir o Passado

Resenha: O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

"Nenhum fogo pôde destruir o conto de fadas que havia em seu coração."

Este foi um dos livros que me deixou curiosa diante do sucesso repentino de sua nova adaptação para o cinema. Nos Estados Unidos este é um clássico, então, como com todos os clássicos, senti que estava no lugar errado por alguns momentos (só durante as primeiras dez ou onze páginas, sendo precisa) até conseguir finalmente me adequar aos personagens.

Eu nunca esperei que o livro fosse narrado por um homem ao assistir ao seu trailer mais recente. Pensei que quem contasse a estória fosse Daisy! Mas na verdade ela é narrada por Nick - que é primo de Daisy, mas isso não vem ao caso. 
Nick mudou-se para West Egg, com casas incríveis e gigantescas, tornando-se vizinho de um milionário bastante famoso devido às suas maravilhosas festas e o mistério que o cerca (alguns acreditam que ele realize contrabando de bebidas, enquanto outros desconfiam de que o mesmo faça parte de uma gangue). Este milionário chama-se Jay Gatsby, e a partir do momento em que os dois se conhecem - durante uma de suas extravagantes festas - uma amizade se forma instantaneamente. 
Ao longo da estória, Nick descobre que Gatsby já foi/continua sendo apaixonado por sua prima Daisy, que já é casada com Tom Buchanan, e vira um ponto de fuga para que os dois consigam se encontrar. (Lembrem-se de que este é um livro de Fitzgerald - sempre há algo mais acontecendo em meio a todas as outras coisas, como em O Curioso Caso De Benjamin Button, por exemplo).

Não houve um personagem que me cativasse especificamente, apesar de passar bastante tempo imaginando como Daisy e Jordan Baker se pareciam uma com a outra, e como elas eram magras... mas lembro-me claramente da repulsa que senti por Tom, desde o primeiro momento. O modo como ele trata Daisy, as expressões narradas por Nick, seus braços exageradamente fortes... Tudo isso faz parte de um vilão para mim. Não sou a maior fã de Tom, em qualquer circunstância. 
Também não sei o que dizer sobre Gatsby (confesso que gostaria que o livro tivesse algumas páginas à mais), já que o mesmo é tratado de forma misteriosa e temos a desagradável sensação de que Nick sabe muito pouco enquanto narra de forma calma demais todas as coisas que vem acontecendo. Isso me deixou um tanto quanto agoniada.

O livro em si é bastante curto. Ele possui uma grande introdução, e vários tópicos para que seja facilitado o reconhecimento da sociedade pós-guerra/consumista dos anos 20. Sua narração faz com que tudo aconteça muito rápido, e talvez este tenha sido o motivo que me levou a pensar um pouco antes de escrever uma resenha. (De qualquer maneira, é interessante ver como os relacionamentos, as mulheres e o dinheiro eram tratados no passado).
Estou muitíssimo curiosa com relação à adaptação para o cinema! Ela é a segunda, como já disse. Preferi não assistir à primeira, pois tudo sempre parece um pouco mais emocionante no cinema, quando não se sabe o que esperar. Juro acrescentar uma nota ao post (ou quem sabe criar um novo?) assim que tiver visto.  Enquanto isso tento me contentar com sua trilha sonora (demais!).

Caso você decida ler O Grande Gatsby, lembre-se de não ser tão exigente ou medroso diante de clássicos. Vocês sabem como estes livros são. Estou muito animada para conversar com qualquer um que queria sobre o livro, então aproximem-se! :D

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