sábado, 22 de março de 2014

Todas As Garotas São Princesas

Resenha: A Princesinha, de Frances Hodgson Burnett

"Se sou uma princesa em trapos e andrajos, posso ser uma princesa por dentro. Seria fácil ser princesa se eu estivesse vestida com tecido de fios de ouro, mas há um triunfo muito maior ser princesa o tempo todo, sem ninguém saber."

Depois que li O Jardim Secreto há algum tempo, Frances tornou-se para mim uma daquelas escritoras que produzem obras nas quais eu mesma gostaria de chegar. Fiquei encantada quando, na estante de livros infanto-juvenis da universidade, encontrei A Princesinha.

A Princesinha citada no título chama-se Sara Crew, e não é, literalmente, uma princesa - ou é, se levarmos em conta o que ela diz o tempo todo, mas isso tornaria as coisas confusas. Apesar de ser órfã de mãe, a menina leva uma vida muito feliz com o pai, na Índia. Dono de grandes riquezas, o homem resolve envia-la então a Londres para fins acadêmicos. Quando algo inesperado acontece e as despesas do luxuoso internado não podem continuar sendo pagas, Sara precisa trabalhar como empregada e passar suas noites em um sótão frio junto com sua amiga (e ajudante de copeiras) Becky.

Considerei Sara uma personagem absolutamente fascinante! Acredito que isso aconteceu porque encontrei tracinhos de maldade em seus pensamentos mais profundos. Quando a inteligencia era usada contra Miss Michin e S tinha consciência disso era a coisa mais engraçada e perversa do mundo, tudo ao mesmo tempo. Sua evolução, assim como ocorre com os outros personagens de Frances em outras obras, também é notável. Depois de passar por situações complicadas suas ideias e pensamentos mudam (para melhor) de uma maneira fantástica - mas o mais importante é que ela nunca deixa de acreditar!

Há uma adaptação cinematográfica para o livro, produzida por Alfonso Cuarón, de 1995. Pude observar por algumas imagens e vídeos que os figurinos e cenários são muito bonitos, porém não posso aprofundar-me nisso porque ainda não o assisti na íntegra (quando o fizer adicionarei uma nota neste parágrafo).

Como ocorreu com The Secret Garden, apaixonei-me completamente pela história e personagens! O Jardim continua sendo meu favorito, mas recomendo A Princesinha com a mesma intensidade. O livro passa lições bastante importantes e que podem ser usadas por adultos, crianças e quem mais se sentir à vontade com isso nos momentos difíceis.

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